O SIED tem por missão produzir informações visando a salvaguarda da independência nacional, dos interesses nacionais
e da segurança externa do Estado Português.
Nessa medida, assegura as informações necessárias sobre as ameaças de origem externa à segurança interna.
Neste quadro, o SIED contribui para a produção de informação privilegiada, sobretudo nos domínios relacionados com:
- A avaliação da ameaça terrorista, a identificação de redes internacionais de crime organizado, nomeadamente as envolvidas em narcotráfico, facilitação da imigração ilegal e proliferação nuclear, biológica e química (NBQ);
- O acompanhamento permanente da situação de segurança das comunidades portuguesas residentes no estrangeiro;
- O alerta precoce para situações de potencial comprometimento dos interesses nacionais;
- As matérias políticas, sociais, económicas, energéticas e de defesa* que constituam prioridade da política externa portuguesa.
O cumprimento destes objetivos é alcançado através da produção de informações no escrupuloso respeito pelos direitos, liberdades e garantias consignados na Constituição da República Portuguesa e na lei, bem como nas orientações emanadas do Primeiro-Ministro, de quem o SIED depende.
O SIED, enquanto parte integrante do SIRP, visa contribuir para a edificação de uma Comunidade de Informações em sentido amplo promovendo, numa lógica de complementaridade institucional, a mobilização de atores nacionais relevantes no quadro da segurança, da defesa e da diplomacia. A partilha de informações com as forças e serviços de segurança nacionais na avaliação permanente da ameaça constitui, à luz desta visão, um princípio basilar da segurança, como decorre do Conceito Estratégico de Defesa Nacional.
As informações constituem um instrumento essencial à ação de qualquer Estado, não só no que respeita à salvaguarda da segurança dos interesses que lhe são próprios, como também dos partilhados pela comunidade internacional. Este espírito de cooperação com estruturas de informações de países terceiros permite a criação de uma Comunidade alargada de informações que promove a neutralização das ameaças transnacionais.
Acresce sublinhar que o SIED desempenha a sua missão tendo sempre presente o profundo grau de responsabilidade decorrente da sua especificidade institucional. Desta forma, constituem valores basilares da sua ação a integridade, plasmada na plena observação dos valores fundamentais do Estado de Direito, a excelência e um espírito de missão que radica, desde logo, na consciência de que o desempenho das competências atribuídas ao SIED consubstancia um verdadeiro e nobre serviço público.
* Relativamente a este ultimo ponto ressalve-se que, apesar de à designação original do SIED (SIEDM) ter sido subtraída, pela Lei nº 4/2004, o (M) de Militares, mais concretamente “a atividade de informações levadas a cabo pelas Forças Armadas e necessárias ao cumprimento das suas missões especifícas e à garantia da segurança militar”, este Serviço mantém as suas competências exclusivas no âmbito do tratamento e produção de informações em matéria de Defesa Nacional.
Heráldica

Escudo de vermelho, uma esfera armilar de ouro rematada de três cruzes de Cristo;
Elmo militar de prata, forrado de vermelho, a três quartos para a dextra;
Correia de vermelho perfilada e fivelada de ouro;
Paquife e virol de vermelho e de ouro;
Timbre: uma coruja-das-torres de ouro encendida de negro;
Divisa: num listel de prata, ondulado, sotoposto ao escudo, em letras de negro maiúsculas de estilo elzevir «ADIVINHAR PERIGOS, E EVITALLOS».
A ESFERA ARMILAR símbolo dos Descobrimentos Portugueses, do conhecimento do mundo, da nossa história coletiva representada pela presença da língua e da diáspora portuguesa, projeta Portugal como um país de vocação global.
A CORUJA-DAS-TORRES, capaz de observar e caçar esplendidamente apesar das trevas que a envolvam, simboliza a sabedoria, a cautela, a surpresa e a certeza e alude à capacidade de obter informações importantes em tempo útil, que caracteriza o Serviço de Informações Estratégicas de Defesa.
A DIVISA «ADIVINHAR PERIGOS, E EVITALLOS» (Os Lusíadas VIII – 89) evoca a preocupação permanente do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa em antecipar e prevenir todas as situações que possam colocar em causa a independência, os interesses nacionais e a segurança externa de Portugal.
OS ESMALTES significam:
O OURO, sabedoria e firmeza;
O VERMELHO, coragem e empenho;
O NEGRO, discrição e prudência.